As atenções da prova estavam naturalmente centradas na luta pelo título nacional que opunha Roberto Borrego, o campeão, a Ricardo Carvalho, sendo que a Borrego a terceira posição era suficiente para juntar mais um título ao seu palmarés.
No final do prólogo foi Ruben Alexandre quem garantiu a liderança no arranque para a os mais de 380 quilómetros que iriam decidir o campeonato, mas este acabou por terminar de forma prematura a sua corrida quando o motor do seu Yamaha cedeu ainda antes de estar cumprido o primeiro terço de prova. Nessa altura era Ricardo Carvalho quem assumia o comando da corrida, apostando forte na vitória que nunca conseguiu na prova para sonhar com o título. Luís Engeitado era segundo na frente de Roberto Borrego e o ritmo entre estes três era de tal forma equilibrado que estavam separados por apenas quinze segundos, com o quarto classificado a quase três minutos e meio do líder.
A classe à parte em que estava o trio da frente era clara mas não durou até ao segundo controle de tempos instalado ao quilómetro 305, pois também o motor da moto de Roberto Borrego cedeu e assim Ricardo Carvalho ficava com o título nas mãos. Sabendo que o seu adversário estava fora de corrida e sem querer sentir os mesmos problemas no seu quad que ditaram o abandono de Ruben Alexandre e Roberto Borrego, Ricardo Carvalho baixou o ritmo e deixou mesmo Luís Engeitado assumir a liderança da corrida, com o piloto de Évora a conseguir finalmente a vitória na prova à 12ª participação na Baja de Portalegre.
Na fase final da prova e depois de um ataque decidido nos últimos 80 quilómetros era Rui Cascalho quem conseguia mesmo a posição intermédia de pódio, a quatro minutos de Luís Engeitado, com o terceiro lugar conseguido no regresso à Herdade das Coutadas por Ricardo Carvalho a ser suficiente para este assinar o seu segundo título nacional na especialidade.
André Mendes foi o quarto classificado na frente do melhor representante da categoria Promoção, Bruno Ferreira.