O relato de José Megre no livro “Aventura 87” ajuda a perceber o espírito do 1.º Rali Maratona de Portalegre, que inaugurou uma nova era no todo-o-terreno em Portugal e na Europa, em abril de 1987. Hoje, como então, a Baja Portalegre 500 é um desafio de superação para homens e mulheres de todas as idades.
“Um facto relevante no 1.º Rali Maratona de Portalegre foi o número de inscritos: 230 no total, com um leque enorme de pessoas, desde o endurista de primeiro plano ao veterano piloto de Ralis. Idades dos 18 aos 50, homens e mulheres, com e sem qualquer experiência de competição, tanto em automóveis como nas motos. As viaturas inscritas iam desde o Citroën Mehari e 2 CV até ao Ford RS200 (que não alinhou), o Peugeot 205 GTI, o Citroën Visa Chrono, passando pelos UMM normais e muitos carros com mais de 15 anos. Um verdadeiro espectáculo! E se nas motos os vencedores foram os previsíveis, embora houvesse grande luta do princípio ao fim, nos automóveis só algum tempo depois de chegar o 1.º concorrente se soube quem ganhara a prova! Um duelo de mais de 12 horas seguidas entre uma viatura de duas rodas motrizes e dois jipes, um deles completamente de série, que viria a ganhar!”, descreveu José Megre.
Para a História ficam as vitórias de António Bayona e José Costa nos automóveis, com um Mitsubishi Pajero, e de Paulo Marques e Marcos Carvalho, que partilharam uma Aprilia RX 250, algo permitido na prova de motos nas duas primeiras edições.