Luís Fernandes (1º nos Quads): “Foi preciso sofrer bastante"

15 novembro 2021

Luís Fernandes superou todas as dificuldades para se estrear a vencer na Baja Portalegre 500 na categoria de quads.

A exigência física para pilotar um quad é tremenda. Os pilotos desta categoria são vulgarmente conhecidos como bravos na modalidade. As características de um moto quatro tornam a experiência em competição um desafio muito peculiar.

Luís Fernandes, vencedor da Baja Portalegre 500 em 2021, sabe que essa é uma realidade transversal a todos os que optam por competir de quad. Mas não troca o seu por nada. Na garagem tem motos de duas rodas. Mas o prazer que tira não é o mesmo. E as vitórias, como a conquistada em Portalegre, sabem ainda melhor. “Porque foi preciso sofrer bastante. São muitos quilómetros”, enaltece.

Militar da GNR de profissão, acompanha a modalidade desde adolescente. A paixão pelo TT cresceu e, em 2018, conseguiu concretizar um sonho: começar a competir. Entretanto, cresceu como piloto e em 2020 passou a fazer o campeonato na totalidade. Também se estreou na grande, na mítica Baja Portalegre, prova a que já assistia ao vivo desde 2016. Mas sente que só em 2021 é que a sua participação valeu. “No ano passado, com a intempérie, o percurso foi encurtado e a prova não só foi mais pequena como não contou para o campeonato. Este ano já valeu e teve um sabor muito especial”, conta. E porquê? “Porque das poucas experiências já vividas, esta é a melhor”, adianta o piloto.

Luís Fernandes não esconde que, enquanto competem, os pilotos vivem sentimentos quase paradoxais. Mas tudo fica para trás quando chegam ao fim. E, além disso, em Portalegre à factores que contribuem para que a experiência seja ainda mais mágica. “O piso estava espectacular. Tinha água e lama, mas não em demasia. Tinha imensa tração. A minha equipa esteve excecional nas assistências”, começa por dizer. Por fim, há algo que é quase único, o público. “É impressionante. Fazemos quilómetros e quilómetros, sempre com gente ao longo da pista. Gente que nos apoia, que nos motiva, que nos faz continuar. No setor seletivo mais longo (as motos cumpriram esse percurso na manhã de sábado), fizemos os cerca de 200 quilómetros com público”, exclamou.

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