Foi num dia marcado por céu cinzento que arrancou a 26ª edição da Baja Porlategre 500 e como habitualmente acontece foram os pilotos das Motos, Quads e Buggys que tiveram a honra de abrir as hostilidades nos 5,52 km da super-especial desenhada nos arredores de Portalegre. Luís Oliveira foi a estrela da manhã, batendo Henrique Nogueira e Hélder Rodrigues nas duas rodas, enquanto Roberto Borrego dominou nos Quads e Rui Serpa nos Buggys.
Contrariamente ao esperado, foram os primeiros pilotos a entrar em acção, aqueles com o número mais alto, a marcarem o ritmo na super-especial da prova organizada pelo ACP. Depois de no ano passado ter passado perto da vitória na super-especial, Luís Oliveira vingou-se este ano e assinou a melhor marca, o que lhe permite escolher a posição de partida para os quase 400 quilómetros da corrida. “Correu muito bem. O objectivo era vencer o prólogo e foi conseguido, por isso estou satisfeito. Ainda não decidi em que posição vou largar, mas o objectivo é divertir-me o máximo possível e se der para ganhar melhor. A única meta que tracei foi não me aleijar e é isso que vou procurar”, disse o primeiro líder da Baja Portalegre 500.
Em tempo de estreia no todo-o-terreno, e logo na prova rainha do calendário, Henrique Nogueira, mais habituado ao motocrosse e ao enduro, estava satisfeito com o seu desempenho, mas olha com cautelas para a corrida: “Sair na frente vai ser complicado, sobretudo ao nível da leitura de terreno. Não estou habituado a este ritmo e essa vai ser a maior dificuldade. Qualquer distração custa caro e pode colocar ponto final na corrida. Dessa forma, a meta é terminar, o que vier a mais é lucro. Hoje correu muito bem. Queria ganhar a super-especial, mas o Luís Oliveira não deixou”, afirmou o jovem maiato.
A estrela maior do pelotão presente no Alto Alentejo é Hélder Rodrigues e o agora piloto oficial da Honda não esconde os seus objetivo para a corrida: “Quero ganhar. Parti para ser o mais rápido na super-especial para poder escolher a posição de partida, mas tal não foi possível e assim vou largar na frente. É verdade que pode ser uma dificuldade, mas por outro lado tem a vantagem que não terei de ultrapassar muitos adversários. A super-especial escorregava muito. Talvez não tenha escolhido o melhor pneu” confessava no final.
A luta pelo título era um dos pólos de atracção na 26ª edição da Baja Portalegre 500, mas Luís Ferreira não está presente por motivos pessoais, pelo que Mário Patrão fica com a vida mais facilitada, embora tenha sempre de acabar nos 12 primeiros. Hoje o piloto da Suzuki foi apenas 34º, mas por uma questão táctica, pois dessa forma não tem de marcar o terreno e consegue controlar melhor a corrida. Essa foi também a estratégia de António Maio, vencedor de 2011 que, na super-especial, assinou a 39ª marca. Assim, José Santos, outro dos primeiros a partir, e Frederico Fino finalizaram o lote dos cinco mais rápidos, com outra das estrelas presentes em Portalegre, Ruben Faria, a quedar-se pelo 14º posto.