Numa manhã com muita chuva e as condições da pista extremamente difíceis, Boris Gadasin, em G-Force Proto, foi o mais eficaz no sector selectivo da manhã, com 145,19 quilómetros, e realizou o melhor tempo com uma vantagem de 6m17,00s sobre o segundo mais rápido, Rui Sousa, em Isuzu D-Max.
A água que caiu durante toda a noite e se manteve pela manhã, criou muitas dificuldades e foram bastantes as equipas a passarem por problemas. Perante este cenário, Vladimir Vasilyev, que se estreia em competição com um Mini All4Racing, nem está a conseguir conhecer melhor o carro, mas mesmo assim chegou à assistência com o terceiro tempo.
Na geral, os três pilotos ocupam as mesmas posições com que terminaram o sector seletivo da manhã, mas o segundo e o terceiro estão separados por apenas 26 segundos.
“Correu tudo bem. Os pneus que escolhemos, para lama, funcionaram praticamente na perfeição”, disse Gadasin. Rui Sousa, por sua vez, brincou quando disse que “foi um bom passeio de TT”, mas não dava para arriscar com as condições difíceis no percurso. “Fomos com calma e mesmo assim ainda batemos num sobreiro. Está a ser um Portalegre à antiga, a exigir muita condução e habilidade. Isto é todo-o-terreno na sua filosofia original.”
Miguel Barbosa chegou a Portalegre com o título assegurado mas não está a fazer a festa como tanto desejava. O piloto do Mitsubishi Racing Lancer teve de parar na especial para trocar a centralina pois o carro estava a falhar. Para além disso, teve de cumprir os últimos 50 quilómetros sem direção assistida. “Se não conseguir resolver o problema, não dá para continuar”, lamentava à chegada à assistência. Felizmente para Barbosa, os técnicos conseguiram resolver o problema, mas a equipa penalizou mais 12 minutos por entrada tardia no reagrupamento e caiu para o 11º lugar da classificação
O campeão português não foi o único a passar dificuldades. Nuno Matos, que tinha o melhor tempo no controlo intermédio, acabou por perder mais de 35 minutos para o vencedor do sector. Problemas elétricos no Opel Astra Proto atrasaram o portalegrense. “No final ainda tivemos de ser rebocados pelo Marcos Moraes porque o carro voltou a ir abaixo na chegada e o motor de arranque deixou de funcionar”, disse o piloto que ocupa o 20º posto.
Ricardo Porém, que está a lutar com Nuno Matos pelo vice-campeonato também perdeu muito tempo com problemas na bomba de travão de mão do seu carro. A única forma de prosseguir em prova foi fechar o circuito de travagem traseiro e usar só os travões da frente. Mas este não foi o único incidente com o atual segundo classificado no campeonato. O jovem piloto teve de abrandar o ritmo porque o turbo estava a fazer pressão em demasia e corria o risco de partir o motor. Neste momento ocupa a 22ª posição da classificação.
Na categoria T2, o vencedor do sector foi o brasileiro Marcos Moraes que, assim, lidera a prova com mais de três minutos de vantagem sobre Edgar Condenso. Durval Costa, sétimo da geral, é o melhor dos concorrentes inscritos no Desafio Mazda.