Num dia soalheiro e com temperaturas a rondar os 20 graus centígrados, as equipas cumpriram os primeiros quilómetros contra o relógio num terreno que se apresentou seco e escorregadio, muito por causa da passagem das motos, quads e UTV-buggys durante a manhã.
Ainda assim, e apesar das dificuldades que o piso causou nessas condições, Miguel Barbosa não levantou o pé e acabou por bater toda a concorrência, mesmo sem ouvir o seu co-piloto. “Correu tudo bem, mas fizemos o troço todo sem os intercomunicadores a funcionar. Não sei porquê, pois antes de partirmos estava tudo bem. Mas mesmo assim foi bom e agora posso escolher a posição em que quero partir amanhã”, afirmou o hexacampeão português que saudou o muito público presente
De facto, os cinco mais rápidos têm a oportunidade de definir em que lugar querem sair amanhã para o primeiro sector selectivo do dia. Esta é uma das novidades introduzidas pela organização da Baja Portalegre 500 e, curiosamente, os pilotos optaram pelas mesmas posições que obtiveram na super-especial. Deste modo, Miguel Barbosa vai abrir a pista, enquanto Nuno Matos será o quinto a partir.
Sem qualquer problema no carro, “que esteve perfeito”, Holowczyc ficou satisfeito com o seu desempenho no arranque da competição. O único senão para o polaco esteve nas condições do piso. “Estava muito escorregadio. Penso que se perde, pelo menos, um segundo por quilómetro. Os primeiros na pista sofrem um pouco porque têm de ‘limpar’ o terreno”, explicou o piloto que está em Portalegre para garantir a conquista da Taça do Mundo.
Para o terceiro mais rápido do dia, Reinaldo Varela, estes primeiros quilómetros serviram, essencialmente, como processo de aprendizagem. “Foi bom mas ainda estou a aprender o carro. É a segunda vez que ando nele. O troço estava perfeito e havia muita gente”, disse, satisfeito, o piloto da Toyota Hilux Overdrive.
O russo Aleksandr Zheludov, também em Toyota, foi o quarto melhor do dia, enquanto Nuno Matos, a jogar em casa, colocou o Opel Mokka Proto no quinto lugar, a 11,2s de Miguel Barbosa.
Entre os concorrentes T2, recorde-se que há três equipas presentes com possibilidades de vencerem a Taça do Mundo na categoria. Contudo, foi o português Edgar Condenso, a registar o melhor tempo com a Isuzu D-Max. Entre os que lutam pelo título internacional, Marcos Moraes foi o mais rápido mas tem apenas 1,2s de vantagem para Rómulo Branco. O líder do campeonato, Alexander Baranenko, perdeu mais de um minuto com um furo no seu Toyota Land Cruiser.
No evento nacional, Bruno Oliveira obteve o melhor tempo e, assim, está também na frente do Desafio Mazda. Etelvino Carvalho é o segundo em ambas as competições a 2,6s, enquanto Mário Raposo está em terceiro na classificação.
Amanhã realizam-se dois sectores selectivos num total de 415 quilómetros. O primeiro concorrente sai para o SS2, com 200 quilómetros de extensão, às 7h15. O SS3 começa às 12 horas e as equipas terão de cumprir mais 215 quilómetros contra o cronómetro.