A competição na categoria dos SSV está ao rubro. O nível competitivo na Baja Portalegre 500 está muito elevado e a instabilidade das condições climatéricas está a contribuir para que a corrida se torne ainda mais imprevisível. No final da primeira etapa, Ricardo Domingues (Can-Am) está na frente, mas tem apenas 19,2 segundos de vantagem para a dupla Alexandre Pinto/Fábio Belo, que ocupa o segundo posto. O líder do campeonato e vencedor de SS1, João Dias, está em terceiro, a 48,6 segundos de distância.
Com a chuva forte da última noite e desta manhã, os pilotos encontraram as pistas em condições muito diferentes do que poderiam pensar. O terreno tornou-se mais escorregadio e enlameado e promoveu uma maior incerteza no desenrolar da prova. João Dias, que chegou a Portalegre na frente do campeonato e da taça do mundo, começou da melhor maneira e estabeleceu o melhor tempo nos 3,4 quilómetros do primeiros sector selectivo.
O piloto do Can-Am confessa que encontrou as condições mais difíceis que alguma vez viu em competição e não ficou surpreendido por perder a liderança. Por sua vez, Ricardo Domingues não escondia a satisfação por fechar a etapa inaugural na frente da classificação.
“Estou muito feliz, muito contente. Sabia que vinha com um ritmo forte, mas a corrida é mesmo muito difícil. É o Portalegre de há uns anos. Vamos tentar manter o ritmo durante a etapa de amanhã, mas é uma grande incógnita”, admitiu o líder da Baja Portalegre 500.
A discussão pela vitória vai ser muito renhida. A meteorologia aponta para que as condições climáticas continuem instáveis e a classificação está apertada. Os três primeiros estão separados por 48,6s e os dez melhores enquadram-se num intervalo de tempo inferior a três minutos.
A segunda etapa realiza-se durante o dia de amanhã e os pilotos vão competir num sector selectivo, apenas, mas que tem mais de 300 quilómetros de extensão.